Testemunho de André Silva
Eu, que por muitos anos frequentei
igrejas evangélicas de diversas denominações, e por muito tempo fui
enganado e explorado pelos seus pastores, dedico este testemunho a
todos aqueles que se declaram “ex-católicos”, sem nunca terem sido católicos de fato, mas
sobem aos púlpitos protestantes “evangélicos”, que eles, por pura
ignorância, chamam de “altar” – Se não há sacrifício não é e nem pode
ser altar: só existe Altar na Igreja Católica - para induzirem ao erro
seus irmãos mais ingênuos.
Não creio que um dia tenham sido
católicos os que depõem seus falsos testemunhos dizendo que encontraram a
salvação em alguma “igreja evangélica”, porque os verdadeiros católicos
já encontraram Jesus e a Salvação na Igreja que Ele mesmo nos deu, e
não podem abandonar a Comunhão com Deus, seu Criador e Salvador, a não
ser que nunca tenham comungado, de fato, com o Senhor Jesus Cristo.
Enumero abaixo Algumas razões porque deixei o protestantismo e retornei à primeira e única Igreja de Jesus Cristo.
1) O princípio “só a Bíblia” (Sola Scriptura)
Nada mais falso do que esse
princípio. Os cristãos do primeiro século não dispunham de Bíblia. E nem
os cristãos dos séculos seguintes. Na verdade, os cristãos só
puderam contar com a Bíblia para consulta, como hoje, muitos anos depois
da invenção da imprensa, que só aconteceu no ano de 1455. Então,
será que o Senhor Jesus esperaria mais de um século e meio para revelar
sua verdadeira doutrina para o mundo? Se assim fosse, Ele teria
mentido, pois disse antes de partir para o martírio que estaria com a
sua Igreja até o fim do mundo (conf. Mateus 28, 19-20).
Além disso, para que a Bíblia fosse a
única fonte de revelação, seria no mínimo necessário que ela mesmo se
proclamasse assim; e não é o caso, pelo contrário. A Bíblia diz que a Igreja é a coluna e o sustentáculo da verdade (1 Tim 3, 15), e não as Escrituras. Nela, Jesus Cristo diz ainda: “Vocês
examinam as Escrituras, buscando nelas a vida eterna. Pois elas
testemunham de Mim, e vocês não querem vir a Mim, para que tenham a
Vida!”(João 5, 39-40).
Sim, a Bíblia diz que as Escrituras são ÚTEIS para instruir, mas nunca diz, em versículo algum, quesomenteas Escrituras instruem, ou que só o que as Escrituras dizem é que vale como base para a fé. Isso é uma invenção humana sem nenhum fundamento. E a Bíblia também diz que devemos guardar a Tradição (conf. 2 Tessalonicenses 2, 15 e 2 Tessalonicenses 3, 6, entre outros).
Contrariando a Bíblia, os “evangélicos” rejeitam a Tradição
2) O princípio “Só a fé salva”
A mesma Bíblia ensina que a fé sem
obras é morta, na Epístola de Tiago (2, 14-26). A mesma Bíblia ensina
que o cristão deve perseverar até o fim para ser salvo (Mt 24, 13). E
ainda acrescenta que seremos julgados,todos, por nossas ações boas ou más. Existem
várias passagens que dão conta de um julgamento futuro e, sendo assim, é
falso que alguém aqui na terra já esteja salvo só porque “aceitou
Jesus”. Não basta ir à frente de uma assembleia e dizer “Aceito Jesus como meu Senhor e Salvador” para ganhar o Céu. Não, não. É
preciso muito mais do que isso. Conversão não é da boca para fora: é
preciso que cada um tome a sua cruz e siga o Senhor, que, aliás, nunca prometeu prosperidade para quem o seguisse.
Portanto, é totalmente mentirosa a afirmação de que basta ter fé para ser salvo. Ora, os demônios também creem (Tiago 2, 19)
3) Lutero
Foi Martinho Lutero quem começou com
as “igrejas” protestantes, que deram origem às “igrejas evangélicas” de
hoje. Mas o que ele pensava é seguido apenas em parte pelos
“evangélicos” de hoje.Eles
seguem somente os princípios “Só a Bíblia” e “Só a Fé”. Embora Lutero
seja o fundador de todas as igrejas evangélicas que existem hoje, por
que não são todos luteranos? Na verdade, isso seria bem menos pior…
Por
outro lado, se reconhecem que Lutero é um homem falível, como é
possível a um “evangélico” ter tanta certeza de que os princípios que
ele inventou sejam dignos de confiança absoluta? Mais do que o que ensina a única Igreja que tem 2.000 anos e foi instituída diretamente por Jesus Cristo?
Mais: o próprio Lutero contestou o
Papa e decretou que não se deve confiar num sacerdote. Mas ele mesmo era
um ex-sacerdote católico. Então, se ele mesmo se descarta como pessoa confiável, quem é tolo o suficiente para dar crédito ao que ele disse ou escreveu?
4) Subjetivismo religioso I
Uma denominação evangélica não é igual a outra em matéria de fé. Isso é fato pois:
Umas batizam crianças, outras não;
Umas admitem o divórcio, outras o repudiam;
Umas aceitam mulheres como “pastoras”, outras não;
Umas praticam a “santa ceia”, outras não;
Umas ensinam que devemos guardar o sábado, outras não;
Algumas ensinam a teologia da prosperidade, outras a repudiam;
Por aí vai… Tem “bispo evangélico” por aí defendendo até o aborto, só porque a Igreja Católica é (claro) contra! É
comum ouvirmos frases como estas: “Nesta ‘igreja’ está o verdadeiro
caminho”, ou “Deus levantou este ministério” ou ainda “a tua vitória
está aqui”. Mais comum ainda é os “pastores” dizerem que as igrejas
deles são “ungidas”… Ora, se todas essas igrejas ditas “evangélicas” são
tão diferentes entre si, e
a Verdade é uma só, como é possível um “evangélico” ter certeza que
está na caminho certo, ou que o seu “pastor” está pregando a “Verdade”,
se existem tantos outros “pastores” (que também dizem seguir a Bíblia e
afirmam que são “ungidos”) que discordam dele?
5) Subjetivismo religioso II
Cada “crente” pode interpretar a Bíblia do jeito que quiser, segundo a tese protestante de Lutero.Mas todos nós sabemos que um “crente” não concorda com outro em todas as coisas. Muitas
vezes divergem entre si mais do que convergem. Se cada qual interpreta a
Bíblia do seu jeito, e nem poderia ser diferente, então, como é
possível um “evangélico” ter a certeza de que está certo na sua
interpretação? E por quê, meu Deus, por quê apenas a interpretação da Igreja Católica é que está totalmente errada, em tudo? Essa
é a mais cruel de todas as incoerências das “igrejas” ditas
“evangélicas”: praticamente todas elas se reservam o direito de criticar
umas às outras, mas todas são unânimes em criticar a Igreja Católica! O mais incrível é não percebem que, agindo assim, estão cumprindo as profecias bíblicas do próprio Senhor Jesus Cristo: “Sereis odiados de todos por causa do meu Nome” (Lucas 21, 17); “Bem aventurados sereis quando, mentindo, disserem toda espécie de mal contra vós, por amor ao meu Nome” (Mateus 5, 11-12)…
Os pastores se ajoelham e se
prostram diante de réplicas da Arca da Antiga Aliança, mas eles não
chamam esses pastores de “idólatras”. Só os católicos são chamados assim.
Eles idolatram até lencinhos embebidos no suor de alguns pastores mas
não acham que isso é idolatria… Em algumas denominações, acontece a
distribuição de lembrancinhas, sabonetinhos para espantar “olho gordo”,
vidrinhos de óleo “ungido”, “rosas consagradas”, etc, etc… Mas nada
disso, para eles, é idolatria. Somente os católicos é que são idólatras.
6) Subjetivismo religioso III
A interpretação pessoal da Bíblia por
cada “crente” e “pastor” afronta claramente a Bíblia. De acordo com a
santa Palavra de Deus, interpretação alguma é de caráter individual. Examinar a Bíblia não é o mesmo que interpretá-la. Posso
examinar uma pessoa e lhe informar que encontrei uma mancha na sua
pele. Mas o diagnóstico deve ser feito pelo médico, e não por mim, que
sou leigo.
7) “Igreja não importa” e “igreja não salva”…
Todo “crente” diz em alto e bom som: “Igreja não salva ninguém”.Ora, se igreja não salva ninguém e cada um pode interpretar a Bíblia pessoalmente, para quê frequentar alguma denominação? Quando
ocorre algum escândalo envolvendo algum “pastor”, o crente também diz:
“Olha para Jesus e não para o pregador”. Mas se o pregador ensina
tolices e princípios contrários ao verdadeiro cristianismo, por que eu
deveria ouvir o que ele diz? Não é possível “olhar para Jesus” assim.
Pelo contrário, isso só vai colocar em risco a minha alma! Se cada
crente pode interpretar pessoalmente a Bíblia, se “igreja” não salva
ninguém e o pastor não é confiável (ele é só um homem falível), então
por que os “evangélicos” continuam dando tanto crédito aos pregadores?
8- Evangelização ou PROSELITISMO ?
E se cada um de fato pode interpretar
a Bíblia a partir da sua leitura pessoal, que conta com a assistência
do Espírito Santo, por que ao invés de pregar não se imprimem Bíblias e
se distribui à população? Ora, se basta ter fé para ser salvo e se cada
um pode ser o próprio intérprete da Bíblia,para
que servem as denominações, os cultos, os “pastores”, as pregações,
livros, CDs e DVDs? Ao invés dos milhões em dízimos e ofertas, que
sustentam toda uma estrutura que é desnecessária (afinal todos os que
crerem já estão salvos…), por que não reunir esses recursos e construir
gráficas e mais gráficas para a impressão de Bíblias e distribuí-las
para todos aqueles que não conhecem Jesus?
Eu digo porquê: porque os “pastores”
se encarregam de passar a sua interpretação pessoal da Bíblia aos
ingênuos que os seguem. E essa interpretação é deturpada e não tem nada a
ver com a Mensagem original nos Evangelhos. Os
“evangélicos” pensam que entendem a Bíblia, mas na verdade tudo o que
eles conhecem é a interpretação pessoal deste ou daquele “pastor”.
Se
nem o pregador é digno de confiança, razão pela qual o crente deve
confrontar o seu entendimento pessoal da Palavra com a pregação do
palestrante, por que razão alguém deveria dar crédito a um desconhecido
que lhe vem falar como porta-voz de Jesus?
9) Interpretação bíblica
Agora, se cada um pode interpretar a
Bíblia e se todas as interpretações estão corretas, mesmo que sejam
todas diferentes entre si, por quê só a interpretação católica está errada? A
Bíblia só pode ser interpretada se a pessoa está sob o rótulo de
“evangélico”? Nesse caso, o que salva não é a fé, é o rótulo. E se for
assim, ao contrário do que eles afirmam, a placa da igreja ou o rótulo
de “evangélico” é que salva.
Pela visão protestante, milhares e
milhares de denominações estão corretas nas suas interpretações
bíblicas, mesmo que sejam diferentes entre si. Todas elas estão certas e apenas uma está errada, que seria a Igreja Católica. Justamente a primeira igreja que existiu é que não conta com a assistência do Espírito Santo. Nesse
caso, Jesus mentiu quando disse que os portais do inferno não
prevaleceriam contra a Igreja (Mat 16, 18) pois o inferno teria
triunfado contra a Igreja Católica, e também quando disse que estaria
com a sua Igreja até o fim do mundo: ele só se faz presente para quem
carrega o rótulo de “evangélico”…
10) O Pai Nosso
A oração é bíblica. Foi ensinada pelo Senhor Jesus. O “evangélico” a repudia. Por quê? Para não parecer católico!
O “crente” jura defender a Bíblia, mas é o primeiro a não obedecê-la…
Ele decidiu que não irá recitar o Pai
Nosso e fim de papo. E pior. Quem o faz está errado, ainda que esteja
obedecendo à Bíblia. O crente se acha melhor do que Jesus. Jesus fez a
oração do Pai Nosso, mas o “evangélico” não tem que fazê-la…
11) Maria
Isabel, que ficou cheia do Espírito Santo com a visita de Maria, chamou-a de “mãe do meu Senhor”.
O crente a chama de “mulher como outra qualquer”…
Isabel recebeu o Espírito Santo com a
chegada de Maria, grávida de Jesus Cristo, Deus Todo-Poderoso. O
“evangélico” fica cheio de ira quando se menciona o nome de Maria…
João Batista estremece no ventre de Isabel ao ouvir a voz de Maria. O crente se enfurece quando ouve o nome Maria…
A Bíblia diz que Maria será chamada
de bem aventurada por toda as gerações. O crente a chama de mulher
pecadora como qualquer outra.
O protestante rasga os Textos Sagrados. E jura defender a Bíblia. Seguem o que querem e desprezam o que não lhes interessa!
12) Confissão
A Bíblia é clara: aos Apóstolos foi dado o poder de reter e perdoar pecados (Lucas 20, 21-23). Como é possível reter ou perdoar se alguém não lhes confessa? Desnecessário falar mais a respeito.
13) Fundação de “igrejas”
A Bíblia não faz qualquer referência à
milhares de “igrejas” diferentes e separadas, mundo afora. Mas para
fundarem suas denominações, os “evangélicos” não fazem questão da tal da
base bíblica de que tanto falam. A Bíblia diz que devemos ser um só corpo.
Eles fazem o contrário. Dividem-se, subdividem-se, de novo e de novo.
Se uma igreja não está agradando, procuram outra mais ao seu gosto, e os
mais espertos fundam as suas próprias igrejas, do jeito que acham mais
certo (ou do jeito que dá mais lucro, em muitos casos), segundo sua
própria interpretação da Bíblia. E todos dizem que estão sendo guiados
por Deus. Existe um Deus ou muitos deuses? Se é um só Deus, como tantas igrejas podem ensinar coisas diferentes, e todas estão certas, menos a católica?
Eles fragmentam o Corpo e pulverizam a mensagem do Evangelho.
Fazem o contrário do que o Senhor
ordenou! Basta um crente discordar do outro, – e isso é a coisa mais
fácil de acontecer, – que já surge uma nova denominação. Seus líderes
podem ter “visões” para fundarem novas denominações. Mas somente as revelações católicas aprovadas pela Santa Igreja é que são refutadas…
O crente acredita no que deseja. E rejeita tudo que é católico. Sempre dois pesos e duas medidas.