quarta-feira, 9 de maio de 2012

OFICINA DE NAMORO 2º TEMA O QUE É NAMORAR ?




Tempo de conhecer o outro
O namoro é dinâmico como a própria vida das pessoas. Hoje, a liberdade é enorme quando se fala desse assunto, o que, aliás, torna-se ocasião para muitos desvirtuamentos nessa área. Coisas que para a geração anterior era impensável, hoje tornou-se comum entre os jovens, como, por exemplo, viajar juntos sem os pais; dormirem na mesma casa, entre outros. Se por um lado essa liberação pode até facilitar a maturidade dos jovens namorados, não há como negar que é uma oportunidade imensa para que o relacionamento deles ultrapasse os limites de namorados e os precipite na vida sexual.
Lamentavelmente tornou-se comum entre os casais de namorados a vida sexual, inadequada nessa fase. O namoro, como já mostramos, é o tempo de conhecer o outro, escolher o parceiro com quem a vida será vivida até a morte, e é o tempo de crescimento a dois. Tudo isso será vivido por meio de um diálogo rico dos dois, pelo qual cada um vai se revelando ao outro, trocando as suas experiências e as suas riquezas interiores. Dessa forma, começa a construção recíproca de cada um, o que continuará após o casamento.
O namoro implica o reconhecimento do outro, a sua aceitação e a comunicação com ele. É diferente conhecer uma pessoa e conhecer um objeto. O objeto é frio, a pessoa é um mistério; não pode ser entendida só pela inteligência, pois a sua realidade interior é muito mais rica do que a ideia que fazemos dela pelas aparências. Você só poderá conhecer a pessoa pelo coração e pela revelação que ela faz de si mesma a você. No objeto vale a quantidade, o peso, o tamanho, a forma, o gosto; na pessoa vale a qualidade. O objeto é um problema a ser resolvido; a pessoa é mistério a ser revelado e compreendido. Saiba que você está diante de uma pessoa que é única (indivíduo), insubstituível, original, distinta de todos os outros... Alguém já disse que cada pessoa é uma palavra de Deus que não se repete. Não fomos feitos numa fôrma.
No namoro você terá de respeitar essa individualidade do outro, para não sufocá-lo. Muitas crises surgem porque ambos não se respeitam como pessoas e únicos. É por isso que as comparações e os padrões rígidos podem ser prejudiciais. Você não pode querer que a sua namorada seja igual àquela moça que você conhece e admira; o seu namorado não tem que ser igual ao seu pai... Cada um é um. A liberdade é uma condição essencial da pessoa. Sem liberdade não há pessoa.
É no encontro com o outro que a pessoa se realiza; e aqui está a beleza do namoro vivido corretamente. Ele leva você a abrir-se ao outro. A partir daí você deixa de ser criança e começa a tornar-se adulto; porque já não olha só para si mesmo. O namoro é esse tempo bonito de intercomunicação entre duas almas. Mas toda revelação implica num comprometimento de ambos e num engajamento de vidas. Tu te tornas eternamente responsável por aquele que cativas, disse o pequeno príncipe [na obra homônima O Pequeno Príncipe].
Você se torna responsável por aquele que se revela a você do mais íntimo do seu ser. Cuidado, portanto, para não coisificara sua namorada. Às vezes, essa coisificação do outro se torna até meio inconsciente hoje. Ela acontece, por exemplo, quando o noivo proíbe a noiva de usar batom ou a proíbe de cortar os cabelos. O marido coisifica a esposa quando a obriga a ter uma relação sexual com ele, quando não lhe permite participar das suas decisões financeiras e quando a proíbe de ter alguma atividade na Igreja, entre outros. Da mesma forma, o namorado coisifica a namorada quando faz chantagens emocionais com ela para conseguir o que quer. Assim como a namorada coisificao namorado quando o sufoca fazendo-o ficar o tempo todo do seu lado, sem que o rapaz possa fazer outros programas com os amigos...
Não faça do outro um objeto nem deixe que o relacionamento de vocês se torne uma dominação do outro; mas sim, um encontro entre ambos.
Namorar é dialogar! O diálogo é mais do que uma conversa; é um encontro de almas em busca do conhecimento e do crescimento mútuo. Sem um bom diálogo não há um namoro feliz e bonito. É pelo diálogo que o casal  seja de namorados ou cônjuges  aprende a se conhecer, ajuda-se mutuamente a corrigir suas falhas, vence as dificuldades, cultiva o amor, se aperfeiçoa e se une cada vez mais.
Os namorados que sabem dialogar sabem escolher bem a pessoa adequada, fazendo uma escolha com lucidez e conhecimento maduro. Para haver diálogo você precisa aprender a ouvir o outro; a ter paciência para entender o que ele quer dizer, e, só depois, concordar ou discordar. Seja paciente, não corte a palavra do outro antes que ele a complete. Lembre-se: diálogo não é discussão. É preferível perder uma discussão do que dominar o outro.
À medida que o tempo for passando, o diálogo amadurecendo e o namoro se firmando, então será necessário conversar sobre as coisas do futuro, para se saber quais as aspirações que cada um traz no coração, e se elas se coadunam mutuamente. Não se trata de ficar sonhando no vazio sobre o futuro, mas de começar a escolher e a preparar a vida que ambos vão viver e construir amanhã: a família, os filhos, entre outros projetos.
Nada de real se faz nesta vida sem um sonho, um projeto, um plano e uma construção. Se de um lado, sonhar no vazio é uma doce ilusão; por outro, refletir sobre o que se quer construir no futuro é uma necessidade. É assim que nasce um lar. 

Um comentário:

  1. Pra casar é necessário namorar, e namorar do jeito certo... Egua! Parece que eu to falando numa caverna! Só tá eu aqui! =x Rsrsrsrs..

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